A Copa das Confederações terminou. Terminou com a sonhada,
e surpreendentemente boa, vitória brasileira sobre a Espanha. Os três a zero
anotados contra o time espanhol enche os brasileiros de motivação, mas ainda é
cedo para afirmarmos que o Brasil será campeão no ano que vem.
A base, pelo menos, está montada.
Não há, no momento, nenhum jogador que mereça figurar na relação de convocados
do escrete canarinho. Kaká e Ronaldinho Gaúcho não tem, nesse momento, lugar em
time unido como esse.
A vitória, diga-se de passagem, é
relevante. A seleção espanhola vem de seguidos sucessos no futebol mundial –
duas Eurocopas (2008 e 2012) e uma Copa do Mundo (2010) – o que demonstra o
tamanho dos “três a zero” impostos a essa seleção ontem. O time brasileiro se
mostrou muito bem. Neymar finalmente teve várias atuações convincentes, sendo a
melhor de todas ontem; Fred, por sua vez, parece se firmar cada vez mais como o
camisa nove; e os zagueiros, jogando com firmeza, estão se garantindo na Copa.
Julio César, por sua vez, provou que goleiro tem que ter experiência – e ele,
se não é o melhor goleiro de todos os tempos, é o que tem mais bagagem
internacional e deve ser o titular. Os laterais titulares são mesmo Daniel
Alves e Marcelo, os melhores da direita e esquerda, respectivamente, no futebol
brasileiro. Apesar de que Daniel Alves não mostrou um grande futebol, diga-se, o que pode gerar dúvida com relação ao seu aproveitamento ano que vem. Os "volantes" deram conta do recado – Luiz Gustavo, com muita
personalidade; e Paulinho, um jogador acima da média – passa bem a bola e
conclui com precisão em muitas oportunidades.
Das outras seleções participantes
da Copa das Confederações 2013, apenas Espanha e Itália parecem ser
chegar em condições de disputar o título da Copa do Mundo 2014. A Espanha,
entretanto, dá sinais evidentes de desgaste, com seus dois principais elementos
– Xavi e Iniesta – rendendo bem menos que em outras oportunidades. A defesa
também já não tem a mesma regularidade, muito embora ainda tome poucos gols.
Por seu turno, a Itália conta com uma geração promissora – a única nota
dissonante é a possível decadência dos mais velhos, como Pirlo e Buffon. Não se
sabe se permanecerão em forma até ano que vem. No mais, Ballotelli e companhia
prometem complicar os adversários no mundial do ano que vem.
Quanto ao Uruguai, em que pese
contar com Cavani, o melhor centroavante da atualidade, é um time em franca
decadência, com um meio-de-campo inexistente e com Forlán em péssima forma.
Talvez nem se classifique para a Copa. Existe a possibilidade de eliminação já
na primeira fase (Venezuela e Peru disputam com os orientais a quinta posição);
e, após a fase primeira, há ainda uma repescagem.
Fora da Copa das Confederações,
vejo apenas dois times em condições de brigar pelo título no Brasil: Alemanha,
com sua geração boa, mas ainda pouco (ou nada) vitoriosa; e a Argentina.
A Argentina, no entanto, depende de um Messi em boa forma e de melhorias no sistema defensivo. Atualmente, no entanto, o craque do Barcelona vive um inferno astral e não se vê um "beque" à altura da tradição portenha.
Holanda e França correm
por fora.
A Holanda, um pouco envelhecida
em relação a 2010, conta com muitos craques, mas é irregular e é sempre uma
incógnita. Foi finalista em 2010, mas fez uma péssima campanha na Eurocopa
2012, perdendo os três jogos que disputou.
A França, por sua vez, tem uma
seleção renovada e com bons jogadores. Não sabemos ainda se os gauleses
conseguirão transformar essa nova geração em geração vitoriosa. Parece que é
uma geração de poucos gols.
Mas, de tudo isso, uma coisa é
importante ressaltar: falta um ano para o mundial, e muita coisa pode acontecer
dentro desse período. O que vale é o momento. Copa do Mundo é momento. Talvez
os mesmos jogadores que fizeram nossa alegria diante da Espanha nem estejam em
boa fase na época do mundial. Mas ganha, geralmente, quem
tem camisa. Vejamos.
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